Sejas tu

 


Tenho dito que ainda não completei 50 anos, nunca saí do país, mas já li um pouco. O que me fez viajar quase por todo o mundo sem ter saído da minha zona de conforto.

 Um amigo me recomendou o livro “Seja singular” de Jacob Petry e Baldir Bündchen. O livro fala de muita coisa interessante, mas gostei mais onde trata sobre como na maioria das vezes fomos ensinados a viver dentro de um padrão, a pensar sempre dentro de um mundinho, a ser mais um leãozinho que é moldado dentro de uma caixinha. E lembrei da pergunta feita por meu irmão Valdimiro José Paque: “De que serve a uma leoa ensinar o filhote a alegria de correr na selva se ele tiver de passar a vida fechado num jardim zoológico?

Muitas vezes nossos comportamentos é para corresponder aos padrões sociais, porque vimos como necessidade se adequar ao grupo social no qual pertencemos. Ás vezes essa luta em querer se adequar fazemo-la inconscientes, pois, muitas vezes criticamos duramente as pessoas que carinhosamente chamamos de “Maria-vai-com-as-outras” e ao mesmo tempo achamos estranhas pessoas visionárias que quebram as correntes da sociedade. Como diz Plutónio “Por cada um visionário tem sempre alguém que vê mal”. É difícil agradar gregos e troianos né!

Usamos a famosa máscara. Consequentemente, nos autorrejeitamos, e vivemos infelizes porque levamos uma vida que não é nossa tentando se adequar ao que o outro espera que sejamos, mas sem nunca nos permitir ser quem somos de verdade.

Não é querer ser da esquerda, mas as vezes é melhor equilibrar, quebrar um pouco o ciclo e permitir que a singularidade de cada um seja vivida  e valorizada, talvez isso melhore o humor de todos os membros da sociedade e como resposta ela se torna lugar melhor para se viver de alegria e paz.

A melhor forma de se aceitar e aceitar os outros, é negar que o seu molde mental (crença limitante) não te mantenha preso numa vida indesejada, que nada mais te traz que infelicidade, uma infelicidade que pode te atrasar a vida.

Interessante como os autores do “Seja Singular” colocam o ser singular: “ser singular é mais do que ser diferente de outras pessoas” porque eles estão cientes de que ser diferente é ter consciência de sua diferença, abraçá-la e utilizá-la para alcançar seus objectivos sem vergonha ou culpa.

É uma necessidade ter coragem de ser quem você quer ser, mas que seja com empatia para aceitar o outro como ele é, mesmo que você não concorde. Seja você.

Eu só vim dar uma mãozinha que muitos de nós precisamos para ter coragem, sobretudo a coragem de não agradar que pode nos fazer ver o mundo que nos rodeia de outra forma e talvez até transformar a adversidade em oportunidade. Então seja feliz e deixe os outros também ser felizes.

 

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